terça-feira, 15 de agosto de 2017

Produção artística e Cultura

 A arte de tecer os pêlos dos animais era conhecida dos hebreus desde tempos muito afastados (Êx 26.7 - 35.6) - o saco penitencial, usado em ocasiões de tristeza, era feito de pêlo de cabra preta. o vestuário de João Batista era de pêlos de camelo (Mt 3.4). Em todos os tempos foi a 1ã muito empregada, particularmente nas vestes exteriores (Jó 31.20 - Pv 27.26 - 31.13). o linho fino era usado nas vestes dos principais sacerdotes (Êx 28.5), e dele também faziam uso as classes ricas (Gn 41.42 - Pv 31.22 - Lc 16.19). Muito mais tarde é que foi introduzido o uso da seda (Ap 18.12). Era proibido pela Lei usar qualquer fazenda onde houvesse mistura de 1ã e linho (Lv 19.19 - Dt 22.11), provavelmente com o fim de fortalecer a idéia de pureza e simplicidade. A cor geral do vestuário dos hebreus era o branco natural, realçado em alguns casos pela arte do lavandeiro. A referência ao fio encarnado (Gn 38.28) faz supor que já se conhecia nesse tempo a arte de tingir. os hebreus aprenderam com os egípcios vários métodos de produzir estofos, embelezados com o emprego de fios coloridos (Êx 35.25), fazendo uso de filigrana de ouro (Êx 28.6), e pondo figuras no tecido (Êx 26.1,31 - 36.8,35). os vestidos, confeccionados com fios de ouro (Sl 45.13), e, em tempos posteriores, com fios de prata, eram usados pelas pessoas reais - quanto aos ricos, os seus vestidos eram feitos com outras espécies de bordados (Jz 5.30 - S145.14 - Ez 16.13). Vestimentas tingidas eram importadas de países estrangeiros (Sf 1.8) - a púrpura e o escarlate eram, em certas ocasiões, usados pelas pessoas luxuosas (Pv 31.22 - Lc 16.19 - 2 Sm 1. 24). o árabe moderno veste-se do mesmo modo que o antigo hebreu, com vestidos igualmente flutuantes. Há um vestido de fora, quente e pesado, e outro interior, de fazenda leve. Havia certa semelhança entre os vestidos dos homens e os das mulheres, embora com diferença suficiente para indicar o sexo: ‘A mulher não usará roupa de homem, nem o homem veste peculiar à mulher’ (Dt 22.5). Necessário artigo de vestuário era aquele que se assemelha à nossa camisa, feito de 1ã, algodão ou linho, e cingido ao corpo com um cinto. Quando qualquer pessoa aparecia vestida somente com essa roupa, dizia-se que estava nua (1 Sm 19.24 - Jó 22.6 - is 20.2 - 58.7 - Jo 21.7 - Tg 2.15). Sobre essa espécie de túnica vestia-se outra, mais comprida que a primeira. o vulgar vestido exterior constava de uma peça quadrangular do pano de 1ã. Envolvia todo o corpo, ou punha-se sobre os ombros, como um chale, ou ainda o podiam lançar sobre a cabeça para ocultar a face (2 Sm 15.30 - Et 6.12). As mulheres usavam, como os homens, a mesma espécie de camisa, mas os seus vestidos exteriores eram diferentes, compreendendo também uma espécie de chale e um véu - e terminavam eles numa ampla franja que escondia os pés (is 47.2 - Jr 13.22).  


 
 Para a realização do ofício sacerdotal, era exigido do Sumo-Sacerdote santidade, e uma indumentária toda especial – "vestes santas". Devemos observar que a expressão "vestes santas" tem a ver com vestes diferenciadas do vestuário de uso comum. Seriam roupas utilizadas somente no ofício do ministério sacerdotal, exclusivamente separadas para o serviço no Santuário. Barrow resume os trajes do Sumo-Sacerdote da seguinte maneira: 


   "Esta maravilhosa responsabilidade requeria uma pessoa santificada (Êxodo 29), o sumo sacerdote, vestido em seus "trajes santos". A parte superior da veste santa é parecido com um avental, e é chamado o Éfode. Por cima do Éfode, em forma quadrada, o peitoral, com doze pedras preciosas. Nos ombros havia mais duas pedras preciosas. A vestimenta azul era chamada de manto, embaixo do qual o sumo sacerdote usava uma túnica branca de linho fino, de obra tecida. Na sua cabeça está a mitra branca de linho fino. Ao redor da base da mitra está a lamina de ouro, gravada com os dizeres: "SANTIDADE AO SENHOR"


As roupas do Sumo sacerdote do Antigo Testamento tinha 12 pedras preciosas no peitoral, representando as 12 Tribos de Israel. Êxodo 28:10 





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